27 dezembro 2010

Inteligência ficou cega de tanta informação

      
        "As vezes, enxergo tão profundamente a vida que, de repente, olho ao redor e vejo que ninguém me acompanhou e que meu único companheiro é o tempo."


        "Curas paroquiais, como meu pai, sempre protegeram os rebanhos de satã. Eles ensinam que satã é o inimigo da fé, que de modo a minar a fé, satã assume qualquer disfarce - e nenhum é mais perigoso e insidioso do que o manto do ceticismo e da dúvida. Mas quem protegerá a nós - os santos céticos? Quem nos advertirá das ameaças contra o amor à sabedoria e o ódio à servidão? Será essa minha missão? Nós, os céticos, temos os nossos inimigos, nossos satãs que minam nossa dúvida e plantam as sementes da fé nos locais mais sutis. Destarte, matamos os deuses, mas santificamos seus substitutos: professores, artistas, mulheres bonitas.


      "A morte perde o seu terror quando se morre depois de consumida a própria vida! Caso não se viva no tempo certo, então nunca conseguirá morrer no momento certo."


      " Toda a vida não vivida ficará latejando dentro de você, invivida por toda a eternidade. A voz ignorada de sua consciência continuará clamando para sempre."


      "O imortal é essa vida, este momento. Não existe uma vida após a morte, uma meta para qual essa vida aponta, um tribunal ou julgamento apocalíptico. Este momento existe para sempre e você sozinho é a platéia sua."


     "Você tem que aprender a viver sua ruindade. Você não pode ser parcialmente livre: também seus instintos anseiam por liberdade; seus cães ferozes no porão... eles rosnam por liberdade. Escute atentamente, não consegue ouvi-los?"


Trechos retirados do livro "Quando Nietzsche chorou", escrito por  Irvin D. Yalom.

Nenhum comentário:

Postar um comentário