11 novembro 2010

Morremos em nós mesmos

Se ainda quiser ficar, terá que abraçar minha loucura e dançar com os meus demônios. Meu amor, pense bem, poderá me abraçar quando eu estiver te ferindo? Beijara minhas presas como se não as temesse? Vai poder acalmar minha fúria com declamações enquanto eu estiver a te acusar? Me abraçara com força ainda que eu lhe mande embora? Me beijara com doçura enquanto eu grito que te odeio? Será que você moverá os sete mundos com desespero, se eu lhe disser que quero me matar? Vai poder segurar minhas mão ainda que ela congele seus dedos? Você beijará minhas lágrimas ácidas ainda que estas lhe queimem os lábios?
       Fuja. Eu não irei te culpar. Fuja enquanto há tempo.
       [...]
       É a verdade concreta,  morremos em nós mesmos, nosso amor se perdeu na distância entre nós. Somos dualidade, sorvemos do outro e jamais haverá em nós redenção.
       [...]


Fragmentos de um texto escrito por mim.

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