16 junho 2012

Da tristeza de quem não sabe ler


"Estou viva, mas estou só
Parte de mim está lutando
Mas parte de mim se foi

Talvez eu seja cega...

Me ame quando eu partir..."

3 Doors Down


Queria saber escrever da mesma maneira que consigo pensar. São turbilhões de pensamentos que me invadem, não consigo verbalizá-los, se tornam lágrimas antes que possam atingir os ouvidos alheios. Foi assim aquele dia. Queria dizer tanta coisa, mas emudeci na minha timidez, e o que eu devia ter dito ficou doendo na garganta. Eu gosto de atacar com minhas idéias, de 'chocar' como diz minha mãe, só sou submissa de mim mesma. Mas quando alguém me ataca da mesma maneira, eu caio, simplesmente porque toda essa muralha que sou é feita de vidro, no primeiro baque, racha, quebra, se desfaz. E o que sobra? Uma menina com medo, com vontade de chorar, e só. Sou um castelo de areia sempre prestes a desmoronar, sou um texto prestes a ser deletado, uma ideia prestes a ser esquecida, uma vida desistida, um alguém quase sumindo. Eu julgo, mas tenho medo de ser julgada. Condeno, mas não quero ser condenada. Como suportar o que os outros pensam se não suporto nem a mim? 
Queria que as pessoas soubessem me ouvir. Não essas bobagens que falo sempre, mas o que eu não consigo dizer, o que fica claro apenas para quem sabe me ler.

Alguém sabe?

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